CASACOR SP 2025: Design, Memória e Tecnologia Invisível

O Futuro do Morar

A CASACOR 2025 mostrou que o futuro do design não está apenas em exibir inovação, mas em integrá-la de forma natural e equilibrada. O morar inteligente será aquele que une sustentabilidade, emoção e funcionalidade sofisticada.

Trazendo a natureza para dentro de nossas vidas, unindo os dois mundos e produzindo qualidade de vida, beleza e leveza para o morar.


Histórias de Infância e Memória Afetiva

Visitar a CASACOR 2025, em São Paulo, foi como percorrer uma viagem entre passado, presente e futuro. Cada espaço parecia contar uma história única — e não apenas do ponto de vista estético, mas também emocional e sensorial.

Ambientes dedicados às memórias e histórias de infância nos convidaram a uma experiência íntima entre recordações maternas e lembranças da cidade natal dos arquitetos.


Entre o Futuro e a Tradição

Se por um lado havia emoção e memória, por outro os ambientes futuristas chamaram atenção. As linhas curvas, o brilho do aço, do alumínio e do acabamento prateado trouxeram referências modernas e sofisticadas.

Esses espaços nos fazem refletir sobre o futuro do morar, mas também sobre a necessidade de que a tecnologia seja mais do que estética: precisamos de soluções sustentáveis, funcionais e acessíveis para o dia a dia.


Tecnologia Invisível

A proposta da CASACOR 2025 não está em expor equipamentos, mas foi super interessante encontrar o conceito da tecnologia invisível — aquela que você não vê, mas sente.

  • Automação que funciona nos bastidores;
  • Sistemas de economia energética discretos;
  • Conectividade integrada sem comprometer o design.

Mais do que casas bonitas, queremos casas que conversem conosco, acolham memórias e tragam soluções criativas para um futuro consciente.

Já queremos bis!

A Importância do Desenho Artístico na Arquitetura: Técnica, Expressão e Criatividade

Durante o desenvolvimento da atividade prática de Desenho Artístico, ficou evidente o quanto essa habilidade vai além de simples representações visuais — ela é uma forma poderosa de comunicação, expressão e criação no campo da arquitetura.

Com o passar dos anos, muitos estudantes deixaram essa prática de lado, priorizando ferramentas digitais. No entanto, os exercícios propostos em aula revelaram o valor insubstituível do desenho manual para o aprimoramento dos traços e das técnicas essenciais ao processo criativo.


Técnicas e Cuidados Essenciais no Desenho Manual

Durante as aulas, reforçou-se a importância de manter firmeza e continuidade no traço, evitando múltiplos rascunhos que comprometem a limpeza do desenho. Também foram abordados aspectos fundamentais, como:

  • Postura correta e confortável ao desenhar;
  • Posicionamento ideal do papel e do corpo;
  • Movimentos fluídos da mão e empunhadura adequada do lápis ou caneta.

Outro ponto de destaque foi o cuidado com a pressão aplicada no papel — o uso de força excessiva pode causar marcas permanentes e prejudicar o resultado final da ilustração.


A Renderização Como Ferramenta de Realismo e Comunicação Visual

Além das técnicas básicas, exploramos a renderização, uma etapa que transforma completamente a percepção do desenho. Por meio de sombras, texturas e efeitos de iluminação, o objeto representado ganha forma, profundidade e realismo.

Essa prática é essencial, especialmente na arquitetura, pois permite que clientes e equipes visualizem o projeto de forma mais clara e sensível. Um bom desenho renderizado aproxima o imaginado do real e facilita a comunicação entre criador, cliente e executor.


Desenhar é Pensar com as Mãos

O desenho artístico, quando bem aplicado, favorece a experimentação, estimula a criatividade e traz soluções visuais rápidas e espontâneas. Ele funciona como uma extensão do pensamento, permitindo que ideias sejam representadas antes mesmo de ganharem forma física.

Como afirma Rafael Perrone (1993):

“Desenhos trazem a presença, tornam reais objetos imaginados, aproximam entes distantes, fazem explicativos o desconhecido e o incompreensível.”

Essa reflexão reforça o valor do desenho no universo da arquitetura — não apenas como técnica, mas como ferramenta essencial no processo de criação.


Referência Bibliográfica

PERRONE, Rafael Antonio Cunha. O desenho como signo da arquitetura. 1993. Tese (Doutorado em Arquitetura) — Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo.

A evolução tecnológica e seus impactos ambientais

A evolução da tecnologia nas últimas décadas é inegável. Avanços em áreas como inteligência artificial, automação, computação em nuvem e dispositivos inteligentes transformaram nosso modo de viver, trabalhar e nos relacionar. Hoje, a tecnologia está presente em praticamente todos os aspectos do cotidiano, oferecendo praticidade, agilidade e eficiência.

No entanto, por trás de todos esses benefícios, existe um desafio crescente: o impacto ambiental causado pelo rápido desenvolvimento tecnológico.

O custo ambiental do avanço tecnológico

A produção, manutenção e descarte de equipamentos tecnológicos consomem enormes quantidades de recursos naturais, além de gerar resíduos que nem sempre são descartados de maneira adequada. Um exemplo claro disso é o lixo eletrônico.

Segundo a pesquisa “Resíduos Eletrônicos no Brasil – 2021”, divulgada pela Green Eletron, o Brasil foi o quinto maior gerador de lixo eletrônico do mundo. Com a constante atualização de dispositivos e a obsolescência programada, toneladas de resíduos eletrônicos são descartadas anualmente, muitas vezes sem o devido tratamento ambiental.

Esse cenário evidencia a necessidade urgente de:

  • Desenvolver dispositivos mais duráveis e atualizáveis;
  • Incentivar programas de reciclagem e descarte responsável;
  • Estimular o consumo consciente de tecnologia.

Inovação sustentável: caminho sem volta

Para que o progresso tecnológico seja de fato positivo, é essencial que ele caminhe lado a lado com a sustentabilidade. Empresas e consumidores precisam considerar as três dimensões da sustentabilidade ao pensar em inovação:

1. Dimensão Social

Leva em conta os impactos sociais das inovações, como desemprego, exclusão digital, diversidade e bem-estar das comunidades.

2. Dimensão Ambiental

Avalia os efeitos sobre os ecossistemas, o consumo de recursos naturais e as emissões de poluentes.

3. Dimensão Econômica

Busca eficiência e rentabilidade, garantindo a sobrevivência das empresas sem comprometer o planeta. Como destaca Barbieri (2007), inovar não é apenas uma questão de mercado, mas também de responsabilidade social e ambiental.

Tecnologia como aliada da sustentabilidade

Apesar dos desafios, a tecnologia pode ser uma grande aliada do meio ambiente. Quando usada com consciência, ela contribui de forma significativa em áreas como:

  • Geração de energias renováveis (solar, eólica, hidrogênio verde);
  • Gestão inteligente de resíduos;
  • Eficiência energética em processos industriais e domésticos;
  • Monitoramento ambiental por meio de sensores e sistemas de dados.

O futuro está em nossas mãos

A inovação é fundamental para o progresso, mas precisa estar alinhada à preservação ambiental. O desafio está em encontrar o equilíbrio entre desenvolvimento e responsabilidade ecológica.

Cabe a todos nós — empresas, governos e indivíduos — adotar práticas conscientes, promover a educação ambiental e fazer escolhas tecnológicas mais sustentáveis. Só assim será possível construir um futuro inovador, inclusivo e verdadeiramente verde.

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A forte influência da sociedade no estilo arquitetônico

Foto: Kevin Seibel

Sabemos que, ao longo dos séculos, as vidas cotidianas com seus valores e costumes foram fontes de inspiração para muitos pensadores. Dessa forma, as ideias e os conhecimentos vão se aprofundando e sendo expostos em suas civilizações. Assim, conseguimos perceber, através das expressões artísticas, essas representações sendo esplanadas das mais diversas maneiras, trazendo conhecimento e contribuindo para contar a nossa história.

Observe que a arquitetura imprime uma marca na face da Terra, uma tatuagem que registra nossos desejos, nossos anseios, nossas necessidades, nossas crenças; as construções da humanidade materializam nossas ambições, nossos sonhos, nosso desejo de eternidade, nossa luta contra o tempo, nosso esforço por preservar memórias. Essas realizações humanas monumentais mostram como as grandes construções são pontos altos de várias culturas. (CARSTENS; GONÇALVES JUNIOR, 2022, p. 70).

No estilo Clássico, podemos perceber essa intervenção através dos ideais filosóficos e estéticos empregados por Platão e Aristóteles, baseados no racionalismo humano e no cosmos. Assim como no pragmatismo romano, que refletia em suas construções, priorizando a funcionalidade e trazendo soluções resistentes e eficientes, como o desenvolvimento de aquedutos, pontes e templos.

Na cultura Grega, havia uma forte influência de valores culturais e religiosos, onde os templos eram dedicados aos deuses. A partir da ordem clássica, as fachadas eram construídas com proporções ideais, harmonia e simetria, seguindo uma das três ordens arquitetônicas: Dórica, Jônica ou Coríntia, que simbolizam a busca pela perfeição estética e pelo equilíbrio estrutural.

Os romanos, por sua vez, inspirados no legado grego incorporaram inovações como os arcos e a cúpula, além do uso do concreto, o que permitiu a construção de estruturas mais altas e imponentes representam uma das maiores inovações arquitetônicas da antiguidade. Além disso possibilitou o desenvolvimento de espaços maiores com menor uso de materiais e colunas, como feito no Panteão de Roma, cuja grandiosa cúpula representa a conexão entre o humano e o divino, destacando o poder imperial. As ordens arquitetônicas predominantes nas colunas eram a Toscana ou a Compósita.

Essas construções são referências arquitetônicas e culturais para toda a humanidade e permitem contar a nossa história através da arquitetura, sendo representadas de forma estética e cultural.

Referências:

CARSTENS, Frederico Rupprecht Silva Bompeixe; GONÇALVES JUNIOR, Antonio José. Como criar prédios espetaculares em 16 lições: estética e edificação. Curitiba, PR: Intersaberes, 2022.

MIRANDA, Cybelle Salvador; COSTA, Laura Caroline de Carvalho da; CARVALHO, Ronaldo Nonato Marques de. Raio que o parta: uma arquitetura marcante no Pará. São Paulo, SP: Blucher, 2024.Parte inferior do formulário

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A Casa Moutinho é um espaço de troca, inspiração e aconchego. Aqui, cada post é uma porta aberta para conversas leves, ideias criativas e reflexões sobre tudo o que nos cerca e nos move. Falamos sobre o passado — nosso passado, histórias e experiências que nos moldaram —, mas também olhamos com entusiasmo para o futuro. Acreditamos que ele nos reserva grandes novidades, e temos certeza de que ainda vamos viver muitas descobertas por aqui.

Vamos aproveitar esse espaço para explorar a criatividade, unindo os conhecimentos que adquirimos ao longo da vida aliado com a tecnologia que nos conecta e amplia possibilidades. A ideia é somar, compartilhar e usar o que temos de melhor da forma mais consciente e inspiradora possível.

Entre, explore os conteúdos feitos com carinho, compartilhe suas ideias e volte sempre que quiser. Essa casa também é sua. 🙂

Mouti.